sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Jogos de Inverno terão um grande futuro,assegura Rogge

Os Jogos Olímpicos de Inverno têm um grande futuro,apesar de terem somente 3 candidatas para sediar a edição de 2018, disse nesta quinta-feira à AFP o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge.

O presidente do COI, de 67 anos e que no próximo dia 12 de fevereiro estará em Vancouver para inaugurar sua última edição de inverno, está convencido de que o número limitado de candidaturas, o mais baixo desde 1988, não tem nada a ver com a crise financeira nem com a falta de popularidade do evento.

As candidaturas para 2018 são Annecy (França), Munique (Alemanha) que já sediou os Jogos de Verão em 1972 e PyeongChang (Coreia do Sul),que perdeu tanto pra Vancouver e Sochi,nas últimas eleições.A França tinha planos de uma candidatura para os Jogos de Verão de 2020,mas optou por uma candidatura aos Jogos de Inverno de 2020.Munique tem uma candidatura mas consistente,aonde Munique sediará os eventos de gelo e Garmisch-Partenkirchen,que também já sediou os Jogos Olímpicos de Inverno em 1936 sediará os eventos de neve.

"Esta situação está relacionada com os processos anteriores e não com a crise financeira", disse à AFP o belga Jacques Rogge em uma entrevista telefônica de Lausana (Suíça).

"A variedade de países que possam organizar os Jogos de Inverno é muito pouca, diferentemente dos Jogos de Verão. Só 15 países estão preparados em termos de desenvolvimento, conhecimento, geografia e clima", explica.

"Os Estados Unidos não apresentaram por já terem indicado a cidade de Chicago para os Jogos de Verão de 2016 (candidatura eliminada na segunda rodada de votações). E Canadá e Rússia são respectivamente os organizadores deste ano e de 2014, em Sochi. O Japão também tinha uma candidatura, a de Tóquio, para 2016", explica.

Rogge espera ainda que os escândalos de doping como os que ocorreram com as equipes autríacas de esqui cross-country e de biatlo nos Jogos Olímpicos de Turim, em 2006, não ocorram novamente.

"Não tenho garantias de que haverá menos casos de doping nos próximos Jogos, mas espero que seja assim. Pelo que me dizem os especialistas ( a Agência Mundial Antidoping e a comissão médica do COI), estamos fazendo progressos. O doping é cada vez mais difícil para os atletas, pois ocorrem mais testes durante e fora das competições, e não hesitamos em chamar a polícia em caso de crime", assegura.

Rogge confessa que não ficará especialmente emocionado quando terminarem os Jogos de Vancouver no próximo dia 28 de fevereiro, seus últimos jogos de inverno como presidente do COI.

"Não sou nostálgico", disse, "o fim de uma temporada olímpica é positiva porque convida a juventude a participar dos próximos Jogos. Não é um adeus mas sim uma maneira de convocar a todos para um compromisso quatro anos depois".

Do UOL

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