Um caso de espionagem pode fazer com que o Rio de Janeiro peça a exclusão de Madri da corrida para receber os Jogos Olímpicos de 2016. No último sábado, o comitê de candidatura carioca retirou a credencial de um jornalista britânico, que estava no Brasil credenciado por uma agência internacional, mas era empregado da agência de relações públicas da candidatura de Madrid.
Segundo a assessoria de imprensa do Rio-2016, o nome do jornalista é Simon Walsh. Ele estava credenciado pela agência espanhola EFE e se apresentou no Rio como correspondente em Londres do órgão de comunicação. Quando a matriz da EFE, em Madrid, negou que Walsh estivesse trabalhando para a agência, os brasileiros impediram que o britânico seguisse acompanhando os trabalhos da visita de inspeção do COI à capital fluminense, que terminou no último domingo.
A suspeita de que Walsh não estivesse trabalhando para a agência espanhola surgiu quando o correspondente no Rio de Janeiro negou que a matriz em Madri tivesse mandado um enviado para a visita. Além disso, ele foi convidado para uma entrevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira, mas foi barrado pelo planalto - apenas seis membros da imprensa internacional participaram desse encontro com Lula.
Os problemas de Madrid podem começar caso a candidatura brasileira denuncie o caso à comissão de ética do COI. Madrid-2016 já negou que Walsh seja um espião. Ele, no entanto, assinou material de divulgação da campanha espanhola que foi enviada para a imprensa internacional.
http://esporte.uol.com.br/ultimas/2009/05/04/ult58u1497.jhtm
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